"Estas coisas têm que ser feitas sem rede", disse Paulo Portas à saída dos estúdios da SIC, acrescentando considerar não ter ficado em "desvantagem" por ter sido entrevistado em directo, ao contrário dos líderes do PS e do PSD que gravaram as conversas com Ricardo Araújo Pereira, por questões de agenda da campanha eleitoral.

Já o entrevistador sentiu alguma desvantagem quanto ao entrevistado.

"As pessoas que cá vêm tem muito mais experiência que eu em directos e isto não é justo. Eu é que devia estar a treinar nas feiras e assim e depois então tinha pedalada para ele", afirmou Ricardo Araújo Pereira, acrescentando ter ficado com a sensação de que Paulo Portas estava "em casa".

À chegada aos estúdios da SIC, o líder do CDS-PP, bastante rouco, disse ao jornalistas estar convencido que iria "levar um grande baile" e que a conversa seria "animada" e ele "muito esmiuçado".

Depois dos dez minutos dentro do estúdio a responder às questões de Ricardo Araújo Pereira, Portas mostrou-se muito satisfeito.

"Nem dei pelo tempo passar. Foi óptimo. Muito mais divertidas estas perguntas do que debater com o primeiro-ministro", afirmou.

Para Paulo Portas, o "sentido de humor é uma das formas mais elaboradas de inteligência e eles (Gato Fedorento) têm um sentido de humor absolutamente extraordinário, sejam lá de direita ou de esquerda".

"Gostei imenso deles e se me convidarem volto. Diverti-me muito", acrescentou.

O quarteto tem já garantida a presença de outros políticos no programa: Jerónimo de Sousa (segunda-feira), António Costa (dia 29) e Pedro Santana Lopes (dia 30).

"Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios" termina a 23 de Outubro, apanhando assim as campanhas para as eleições legislativas e autárquicas.